Os pesquisadores, liderados pela psicóloga Bethany Kok, do Instituto Max Planck para Ciências do Cérebro e da Cognição, demonstraram que emoções positivas levam a melhores conexões sociais e essas, por sua vez, melhoram a saúde física, o que aumenta a sensação de felicidade.
Para comprovar que essa "corrente da felicidade" atua diretamente no corpo, os pesquisadores mediram a atividade do nervo vago dos 65 participantes do estudo.
Esse nervo craniano tem a função de transmitir informações sobre o funcionamento do corpo para o cérebro e coordenar as respostas reflexas dos órgãos, como batimentos cardíacos, respiração e contrações musculares.
A atividade basal (com a pessoa em repouso) do nervo vago de cada participante foi medida no início e no final do estudo, que durou 61 dias.
Nesse período, metade dos participantes frequentaram uma sessão por semana de meditação da compaixão, técnica que busca o desenvolvimento de sentimentos de amor e boa vontade para consigo mesmo e com os outros (incluindo desafetos).
Durante a pesquisa, todos os participantes preencheram relatórios sobre a intensidade das emoções sentidas a cada dia, em uma lista de 20 emoções --de amor e serenidade a desprezo e ódio-- e deram notas para as suas interações sociais conforme a intimidade e a conexão que sentiram ao se relacionarem com outras pessoas.
Em artigo publicado neste mês no jornal "Psychological Science", os pesquisadores afirmam que a percepção das conexões sociais é o mecanismo que faz com que as emoções positivas melhorem a saúde física. E que técnicas de meditação como a usada no experimento são uma forma de criar esse círculo virtuoso: emoções, conexão social e boa saúde.
Fonte: Folha de São Paulo
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